Em seu primeiro dia de trabalho no Rolo, nesta segunda-feira (25), o lusitano comandou treinamentos em dois períodos e disse estar ansioso para estrear no novo clube. “O gramado aqui não é cinco estrelas, mas ao menos oferece mínimas condições para os treinamentos, coisa que eu não vinha tendo. Lá (Rio Negro) também tive problemas de salários, uniformes, bolas, alimentação e milhares de coisas. Foram quatro meses complicados. Só que aqui no Fast, eu tenho 21 dias pra fazer mais pontos do que fiz no Rio Negro durante o campeonato inteiro. Não sei qual é o desafio mais difícil”, comentou o treinador. Morgado vive a experiência de treinar dois clubes na mesma competição pela segunda vez. No ano passado, na 2ª divisão Portuguesa, Paulo comandou o Sintrense e o Vitória de Pico.
E ele já tem a “receita” para recolocar o Tricolor nos trilhos. “Seria falta de ética apontar publicamente os erros que o último treinador cometeu. Quero aproveitar as coisas boas que o Sérgio deixou. Eu vou arriscar. O Fast tem a melhor equipe e os melhores jogadores do campeonato. Só temos que pensar positivo. Teremos quatro finais pela frente”, afirma Morgado, que hoje coloca o time pra ‘ralar’ em dois períodos
novamente.
Paulo Morgado, treinador do fast
1 Quanto tempo o Fast vai levar para se adaptar ao ‘estilo Morgado’ de jogo?
A equipe tem jogadores com muita experiência. É muito mais fácil falar com um atleta de 30 do que com um de 20. Vai ser mais fácil de trabalhar os aspectos táticos. Creio que a equipe esteja bem preparada para o jogo contra o Princesa no domingo. É tempo suficiente também para o grupo recuperar o ânimo.
2 Uma de suas características no Rio Negro era a ofensividade. Isso será mantido no Fast ?
Precisava arriscar. Não tinha nada a perder. Já havíamos perdido muita coisa (risos). Aqui também vamos ter que arriscar, mas com um pouco mais de cautela. Serão quatro finais que teremos pela frente e a margem de erro aqui é menor do que no Rio Negro.
3 Como ficou o seu relacionamento com a diretoria do seu ex-clube?
Meu relacionamento com o Robson (Ouro Preto) e com a Dione continua bom. Fiquei triste com a reação do presidente (Eymar Gondim), que me disse em uma reunião que não tinha o mínimo de interesse em resolver o problema de salários da comissão técnica. Isso foi um dos motivos que me fez não olhar para trás. Mas agora é vida nova. São 21 dias em que posso voltar à ser treinador, porque até aqui eu fui vice diretor, pai dos jogadores, psicólogo, psiquiatra. No Fast, finalmente vou pensar 24 horas em futebol.
Fonte: A Crítica