O Campeonato Amazonense é deficitário, e para diminuir seus prejuízos, os dirigentes apelaram ao ‘jeitinho brasileiro’. Anexaram um rascunho ao regulamento da competição para dispensar a obrigatoriedade da presença de um médico nas equipes durante os jogos. Mas a alternativa não livrou os clubes de despesas. Cinco já foram punidos pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) por não terem médico nos jogos. As exceções são o Fast, Nacional, Rio Negro e o Sul América. Princesa e América foram multados em R$ 500. Operário e Penarol pagaram R$ 300 e o São Raimundo, R$ 200. O TJD considerou que os dirigentes tentaram burlar as regras do torneio e as exigências do Estatuto do Torcedor (ET). “Esta recomendação está prevista na lei 10.671 (ET) e a legislação não pode ser substituída por um simples rabisco anexado a um regulamento”, explicou o secretário do TJD-AM, José Roberto Rocha. Além de não apresentarem médico, os clubes têm autorizado fisioterapeutas a assinar a súmula das partidas como médicos. A procuradora do TJD-AM, Ana Cláudia Oliveira, investiga crime de falsidade ideológica. O presidente do TJD-AM, André Oliveira disse que o tribunal só pode julgar a legalidade ou anular o acordo dos clubes caso haja uma denúncia formal. “Nenhum clube reclamou até o momento. Nos julgamentos já realizados, a procuradoria analisar cada caso e aplicar a pena (ou absolver) de acordo com a gravidade”, justificou. O regulamento do Estadual, no parágrafo único do Artigo 74, diz: “A ausência do médico da equipe acarretará à mesma, além das sanções administrativas e da Justiça Desportiva, total responsabilidade perante a Justiça Comum no caso de problemas de saúde com os membros da equipe”. O Artigo 44 do mesmo documento reforça a obrigatoriedade e descreve as competências da equipe de arbitragem. Estabelece que os membros da comissão são: um técnico, um preparador físico, um médico e um fisioterapeuta ou enfermeiro e ou massagista. Fonte: Diário do Amazonas
