De férias em Manaus, Marinho fala sobre o sucesso na China

terça-feira, 8 de junho de 2010 Comments

marinho china       Ex-jogador do São Raimundo, de Manaus, o paraense Mário Jorge Maciel, o Marinho, 30, fez um negócio da China. Trocou o Amazonas pelo futebol chinês. Desde janeiro deste ano, o atacante defende o amarelo e roxo do TSW Pegasus, de Hong Kong. Marinho tem contrato até dezembro de 2010.

numeros Ele já estava de contrato assinado no São Raimundo, mas no dia 25 de janeiro desse ano foi para Hong Kong, onde assinou um contrato de seis meses, para disputar a Hong Kong F A Cup. O atacante se juntou a mais dois jogadores brasileiros - Márcio e Itaparica - comandados pelo técnico gaúcho José Ricardo Rambo, no clube da cidade de Tin Shui Wai. Além dos brasileiros, o Pegasus ainda contou com jogadores de Camarões, Gana, Japão, China e a maioria, de Hong Kong.

De férias, o jogador tratou de voltar às origens.  Ele veio rever a família e assistir a Copa do Mundo com os amigos. Na bagagem, trouxe lições e histórias. Uma delas é de título. No oriente, o santarense já conquistou o vice-campeonato da Liga de Hong Kong e o título da FA Cup. O triunfo garantiu o TSW Pegasus na Copa da Ásia.

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perguntas No clube chinês, o artilheiro do Campeonato Amazonense de 2006 pelo Grêmio de Coari, com 9 gols, e vice em 2008 pelo São Raimundo (10), não pôde usar o apelido. “Lá (TSW Pegasus) o nome colocado na minha camisa foi Mário, que é meu nome. A torcida me chama de Super Mário e tem o maior carinho por mim, apesar do pouco tempo de clube”, comentou Marinho. Nas 14 partidas que disputou este ano, o ex-são raimundense marcou seis gols.

Uma boa história contada pelo atleta é sobre a adaptação no outro lado do mundo. A saudade da família e a aclimatação - o fuso horário do Amazonas em relação á China é de 12 horas - foram as maiores dificuldades no início. Fácil mesmo foi se adaptar à culinária chinesa, a qual Marinho dominou com um bom garfo. “Senti muita falta da farinha, mas o restante era fácil encontrar no mercado”, lembrou.

Outra barreira foi a ‘enrolação’ da língua. O jogador não fala mandarim, o idioma predominante na China. Mas superou essa barreira com o inglês. “Também encontrei na língua uma grande dificuldade, porque tinha que me comunicar com meus companheiros em inglês. Foi difícil no inicio, mas depois fui pegando as palavras que mais utilizávamos nos jogos e treinos, o que facilitou um pouco mais a minha comunicação”, revelou.

Marinho conta que se surpreendeu com a disciplina e o planejamento com que o futebol é conduzido no clube chinês. “O mais importante que achei dentro da estrutura oferecida foi a questão do pagamento em dia. Assim, trabalhava tranquilo sabendo que poderia honrar os compromissos”, destacou.

imagefrase O atacante do TSW deve retornar à capital chinesa em julho, após a final da Copa do Mundo. O atacante aguarda o fim do recesso para voltar à China e assinar um novo contrato para a temporada que começa em setembro e vai até maio. "O clube que eu joguei tem a preferência para renovar o meu contrato. Estou aguardando porque também tenho proposta de um outro time. Mas como fui bem, acredito que eu vá renovar por mais uma temporada". Com trinta anos, Marinho acredita que possa fazer o pé-de-meia no oriente, pois o mercado está aberto e paga-se em dólar. Caso renove o contrato, ele disse que pretende levar a esposa e a filha e quer ficar pelo menos 3 anos fora do Brasil.

Neste tempo de estadia em Manaus, além de estar ao lado da família, Marinho vai aproveitar o tempo livre para realizar um curso de férias. Ele quer adiantar a faculdade de Educação Física, que interrompeu antes de viajar.

Fonte: A Crítica / Diário do Amazonas / FUTEBOLAMAZONENSE.BLOGSPOT.COM

 

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