A média de gols é boa, 3,9 por partida, mas o número de cartões amarelos nos jogos do Campeonato Amazonense deste ano supera as bolas na rede. A média de advertências por partida é de seis. Apesar de registrar apenas uma expulsão em nove jogos, o Estadual contabiliza até o início da terceira rodada, média de cartões amarelos superior ao Campeonato Brasileiro da Série A em 2010, que foi de 5,3 por jogo. O cartão já foi mostrado 54 vezes no regional contra 35 gols marcados. O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem do Amazonas (Ceaf-AM), Vladimir Bastos, admite que a quantidade é padrão para a competição. “Há alguns jogos que fogem à normalidade e a média sobe. Nesta quarta-feira, foram aplicadas apenas quatro advertências, sendo duas para o mesmo jogador” lembrou, referindo a Fast Ulbra e São Raimundo. Bastos acredita que a quantidade de punições em campo só não é menor em razão da displicência, imprudência e desconhecimento das 17 regras do jogo pelos atletas. “Infelizmente, o futebol é o único esporte que pode ser praticado sem conhecer as regras. Além disso, a equipe derrotada quase sempre atribui o resultado negativo ao árbitro”, ressaltou Bastos. A maioria das advertências, segundo a Ceaf, é aplicada em zonas pouco perigosas do gramado como as laterais e o meio de campo. Outra infração que contribui para a média é a reclamação. “Nunca vi um árbitro apitar e depois desmarcar. Além disso, os jogadores e a própria torcida ficam revoltados com a aplicação do cartão, mas não lembram que a infração do atleta advertido foi imprudência e em locais extremos do campo, onde as faltas são quase sempre desnecessárias”, lembrou Bastos. Fonte: Diário do Amazonas