| Fundação: 17 de outubro de 1938 TÍTULOS 3 Campeonatos Amazonense: 1944, 1947 e 1967 2 Torneios Início: 1942 e 1947 |
HISTÓRIA
Um dos times de futebol da nossa Manaus que se vestia com mais elegância era o Olímpico Clube, o chamado “clube dos cinco aros”, a paixão do grande cronista do passado, Belmiro Vianez. Podia ser o time titular, aspirantes ao juvenil, o cuidado era o mesmo. Todos desfilavam garbosamente e quando se tratava de paradas esportivas, nas manhãs do dia 5 de setembro, ai então é que a bizarria olímpica se acentuava.
Além desse equipamento, o mais tradicional, o Olímpico possuía outros e a cada ano apresentava modelos diferentes, sempre mais vistosos, sem desprezar suas cores: azul, vermelho e branco. O que marcou muito o clube dos “cinco aros” foi o uniforme azul marinho, destacando a gola e punhos com frisos em branco-azul-vermelho e calções azuis na mesma tonalidade das camisas. Esse foi o que mais tempo de vida teve. Durou até o time deixar de disputar o campeonato, já no profissionalismo, no início da década de 70.
“Olímpico dos meus amores”, uma frase que ficou gravada entre os seus torcedores e até no meio dos adversários. Foi criado pelo comentarista mais ouvido da cidade, o estimado Belmiro Vianez, um torcedor declarado do simpático clube que jamais escondeu essa paixão. Também era um de seus mais severos críticos, no seu modo característico agressivo, uma conduta que o levou a ser o mais apreciado nesta cidade, durante os primeiros dez anos de existência da FAF, entidade que também ajudou a fundar.
O time juvenil do Olímpico de 1943 fez boa figura no campeonato oficial e revelou alguns bons jogadores para o nosso futebol. Camisas em branco, faixa vermelha transversal com o escudo do clube do lado esquerdo e calções azuis, vários jogadores com boina, muito em uso na época, era o seu principal uniforme.
Sempre é bom lembrar do Olímpico de Sálvio Miranda Corrêa, dos irmãos Marques (Adair, Ademir e Almir), de Renato Perdigão, Raul Barateiro, Arnóbio Valente, de Candú, Tuta, Amadeu Silva, dos mais novos como Aloísio Oliveira, Almério Botelho, Flávio de Souza, Ruy Valente, Aristofanes Castro e Luís Carlos Cacau
o Olímpico que voltava ao futebol em 1967, foi quem deu início a leva de jogadores “importados” inflacionando o nosso futebol. Um monte veio para Manaus, a maioria do subúrbio carioca, dentre eles, Dari (goleiro), Xerém, Jarbas, Cascadura, Irailto, Gilberto, Walfredo, Sidney e amapaense Faustino, além do técnico Moacir Bueno, que não demorou muito por aqui. Tudo começou a partir daí.
O Olímpico Clube mantém um recorde no estadual. O jogador Quinha é o maior artilheiro em um jogo do estadual, marcou nove gols no jogo Olímpico 14-1 Independência em 28 de dezembro de 1957 feito jamais igualado por outro jogador.
Depois de mais de 20 anos desativado, o time ressurgiu na Segunda Divisão estadual, em 2007. Tomou W.O. por não ter visitado o Manicoré e culpou uma pane no barco que transportava a delegação. A federação descobriu que era mentira do clube, que, na verdade, não teria dinheiro para a viagem. Julgado à revelia (não mandou defesa, apenas um ofício dizendo que aceitaria qualquer decisão que fosse tomada), foi punido pelo Tribunal com a suspensão de dois anos. Passado o período de suspensão, o Olímpico ainda não retornou ao futebol.
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