O meia-atacante Vinícius nunca escreveu um poema para a namorada Gabriela, que mora na sua terra natal: Moreira Sales, no Paraná. Mas, para a imensa torcida nacionalina, ele compôs com os pés o “Soneto da Felicidade” ao fazer os três gols que garantiram a classificação do Leão da Vila Municipal para a semifinal do primeiro turno do Campeonato Amazonense, no sábado passado, no empate de 3 a 3, contra o Operário. O jogador, homônimo do famoso poeta carioca que se tornou um ícone da Bossa Nova, disse que, ao contrário do que aconteceu com Vinícius de Morais, Manaus - e não o Rio de Janeiro, e depois a Bahia - é quem o inspira. “Nunca havia feito três gols numa partida. Já tinha feito dois, com a camisa do São Raimundo no ano passado. Manaus me dá sorte. Fiquei tão feliz com minha atuação e por ter ajudado o time que guardei a camisa do jogo e a mandei para meu pai, Luis Reinaldo, pelo Correio”, revelou o herói nacionalino. Enquanto a camisa do Leão cruza o Brasil num envelope, Vinícius só pensa no clássico desta quarta-feira (23), contra o Fast. Para ele, a atuação fundamental contra o Sapão de Manacapuru, já está guardada no seu “baú” de memórias. “Não vou esconder que foi um sábado inesquecível, mas ainda temos muita coisa pela frente. Meu pensamento, e o de todos aqui no Nacional, está voltado para a semifinal contra o Fast. Vamos fazer de tudo para vencer e levar o time até a grande final. A torcida pode ter certeza que lutaremos do primeiro ao último minuto”, garantiu o jogador. Eficiência nas bolas paradas Formado nas categorias do Cianorte (PR), Vinícius - apesar da pouca idade, 21 anos - já atuou pelo Caxias do Sul, São Raimundo e Coritiba, e é um recém-chegado no Nacional: “Ainda não estou totalmente entrosado, mas quando se joga ao lado de jogadores com a categoria tudo fica mais fácil”, disse Vinícius, sobre o período de adaptação. Nos clubes anteriores, ele já mostrava dedicação especial para as jogadas de bola parada, mas não se limita a cobrança de faltas e penalidades. “Sempre treino finalizações de média e longa distância. O Winck ensaia muito este tipo de jogada e nesta segunda e nesta terça vai intensificar este tipo de treinamento”, destacou. “Na primeira cobrança, eu parti pra bola com o canto definido. Na segunda, achei que o goleiro iria escolher um canto e fui no meio”, disse, sobre os pênaltis que cobrou no jogo”. Entre os quatro reforços solicitados pelo técnico Luiz Carlos Winck, Vinícius foi o único que balançou as redes. Ele, porém, não quer saber de egoísmo. “O importante é o Nacional vencer, não quem vai fazer os gols”, afirmou convicto. Se o clássico “Desafinado” não foi composto por seu xará, não será ele que vai perder o tom. Fonte: A Crítica / FUTEBOLAMAZONENSE.COM.BR / Foto: Site do Nacional