O primeiro finalista do turno inicial do Campeonato Amazonense será definido nesta quarta, após o reencontro de Nacional e Fast Ulbra pelo clássico Pai-Filho, no Estádio Roberto Simonsen, em Manaus. O que acontece quando o ataque mais perigoso do campeonato enfrenta a mais forte defesa da competição, num mata-mata decisivo? O Fast tem o ataque mais positivo, com 21 gols marcados, e média de 2,6 por jogo. ‘Já o Nacional tem como trunfo a defesa menos vazada, com apenas 9 gols sofridos, e média de 1,1 por jogo. (Confira essas e outras estatísticas do campeonato, clicando AQUI). No confronto anterior, há apenas duas rodadas, o Tricolor derrotou o Leão por 2 a 1, escrevendo mais uma página da história do clássico Pai e Filho. O jogo valeu a classificação antecipada do Rolo Compressor para a semifinal, e deixou o Leão numa situação delicada na tabela. Nesta quarta-feira, mais um capítulo desta história iniciada nos anos 30 será escrito, às 20h, no estádio Roberto Simonsen, no SESI. E o duelo, que vale vaga na final do primeiro turno, será apimentado. Ao menos no que depender de dois baianos que estarão em campo. Defendendo a camisa do Tricolor, Rogério Baiano (cujo apelido já diz tudo). O meia fastiano foi o destaque na partida válida pela fase classificatória. Promovido à camisa de número 10 do Fast Clube após a saída de Michell para o futebol paraense, o Soteropolitano de 32 anos pretende ser novamente o “garçom” dos companheiros, e ajudar o Tricolor a causar outra indigestão no Nacional neste ano. “O meu negócio é servir os companheiros. Meu costume é este. Faço meus gols uma vez ou outra, mas não sou muito de finalizar. Se puder repetir a mesma atuação será muito bom”, disse Rogério, que pela primeira vez defende um clube amazonense. Já o volante Wilker (foto) acredita num bom desempenho do Fast nesta quarta-feira. “Vai ser guerra amanhã. Um jogo muito difícil e como todo clássico será decidido nos detalhes”, frisou o jogador. Além das belezas naturais, da culinária e do axé music, a Bahia também é conhecida por ser o berço das religiões afro no Brasil. Mas Rogério garante que não vai precisar de nenhuma “mandinga” para ajudar o Fast a vencer o jogo de hoje. “A mandinga aqui é o trabalho (risos). Tem que correr atrás e ralar muito porque não tem jeito”, afirmou o fastiano, que já defendeu o Atlético de Madrid, em 2000. Santiago, o cara O Leão da Vila Municipal desta vez vai contar com o xerifão e capital da equipe, Santiago, que não esteve em campo no dia 12 de março, pois estava suspenso. Santiago é o homem de confiança do técnico Luiz Carlos Winck para dar um basta no alarmante números de gols sofridos pelo time. Apesar de ser a melhor defesa do primeiro turno, o Nacional sofreu sete dos seus nove gols nas últimas quatro partidas. Curiosamente após a chegada do técnico Luiz Carlos Winck, o Pai ficou com a defesa órfã. O baiano de Camaçari, Santiago, sabe que o Naça não pode mais bobear. “Temos que parar de sofrer gols e depois correr atrás do placar. Até na última vitória que tivemos (contra o Penarol, em Itacoatiara, por 2 a 1, no dia 9 de março), saímos atrás no placar”, lembrou o baiano de 30 anos, fã dos peixes amazonense e, claro, de um apimentado acarajé. Ao fim do jogo, saberemos quem de fato vai sair “ardido”. Fast tem melhor campanha, mas não tem vantagem Mesmo com a liderança conquistada há seis rodadas, o Rolo Compressor não leva nenhuma vantagem de resultado. A mudança no regulamento ocorreu para o Estadual deste ano. Em caso de empate, a vaga será decidida nos pênaltis. O único ‘benefício’ do posto de líder para o Fast foi de poder jogar a semifinal em casa. Vantagem que se tornou desnecessária já que o Naça, que também é de Manaus, tem mando de campo no mesmo local. “Mas isso não é problema, até nos motiva mais para buscar logo a vitória”, comentou o atacante Claílson, que regressa ao time depois de sofrer com dores na virilha. Mas se o jogo terminar empatado, Claílson afirmou estar seguro em cobrar os pênaltis. No coletivo, na segunda-feira (21), ele, o lateral-esquerdo Alberto e o volante Souza foram os primeiros a acertar a seguência de três penalidades. Sem desfalques, o Fast joga com força máxima pelo sistema 3-5-2. O goleiro Hélder, o zagueiro Fábio Gomes, o lateral Zé Carlos, o volante Márcio Parintins e o meia Rogério Baiano, poupados na derrota por 3 a 1 para o Penarol, estão de volta. Tiago, autor do gol sobre o Leão da Velha Serpa, segue no ataque contra outro Leão, da Vila Municipal. Hoje, o goleiro Evandro, que não foi anunciado pelo Fast, foi regularizado. Segundo o jornal ‘Diário do Pará’, o Tricolor ofereceu R$ 30 mil para tirar o arqueiro do Independente-PA. O Rolo Compressor aguarda a chegada de mais dois reforços, também mantidos em sigilo. No Nacional, o técnico Luiz Carlos Winck pode ganhar uma baixa. O meia Vinícius sentiu dores na coxa direita, hoje, e virou dúvida. Ele foi o herói do Naça na classificação à semifinal, quando marcou os três gols do empate em 3 a 3 com o Operário. O volante Jonas regressa de suspensão, mas Winck pretende manter Igor na posição e Clayton He-Man na lateral esquerda. A novidade pode ser a entrada do atacante Titton no lugar de Eliel e a estreia do meia Felipe Soares. “Espero desencantar contra o Fast, que é um time bem ofensivo”, disse o atacante Edinho Canutama, que não balança a rede há cinco rodadas. FICHA TÉCNICA: Fonte: A Crítica / Diário do Amazonas / FUTEBOLAMAZONENSE.COM.BR
NACIONAL X FAST CLUBE
CAMPEONATO AMAZONENSE
Estádio: Roberto Simonsen (SESI)
Data/hora: 23/03/2011 – 20 horas (Hora de Manaus)
Árbitro: Manoel Domingos Conceição Cruz
Auxiliares: Marcos Santos Vieira e Jeová Rodrigues dos Santos
Nacional
Douglas; Dieguinho, Thiago Silva, Santiago e He-Mam; Amaralzinho, Igor Gaúcho, Igor e Vinícius; Edinho e Eliel. Técnico: Luiz Carlos Winck.
Fast Clube: Hélder; Ricardo, João Gomes e Fábio Gomes e Carlinhos; Zé Carlos, Márcio Parintins, Wilker e Rogério Baiano; Tiago e Claílson. Técnico: Sérgio Duarte.