Adversário no campo, Madureira pode virar ‘aliado’ do América nos tribunais

       O Madureira, adversário do Mecão na semifinal da Série D, pode acabar sendo o “advogado” do Diabo, no processo que o Joinville-SC moveu contra o América. O motivo? O time carioca também cometeu o mesmo erro na primeira fase da competição, quando escalou o meia Wesley em três partida consecutivas, sem que ele tivesse o nome divulgado no BID, da CBF. O clube carioca foi absolvido pela Justiça, em primeira instância, uma vez que a reclamante - no caso a própria CBF - também perdera o prazo para fazer a reclamação.

Além de Amaral ter jogado em duas partidas contra o Joinville pela quarta fase, de maneira irregular, ele também participou do jogo contra o Vila Aurora (MT), no dia 02 de outubro. Assim como o jogador Wesley, do Madureira, Amaral não estava inscrito no Boletim Informativo Diário (BID) e na Diretoria de Registro e Transferência (DRT).

No caso do Madureira, o clube foi absolvido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em decisão por maioria de votos dos auditores da Terceira Comissão Disciplinar. Assim, o time seguiu às fases seguintes da Série D. Na oportunidade o advogado do Madureira, Mário Bittencourt, disse que a CBF enviou fez a queixa para o STJD três dias depois do prazo, enviando os documentos necessários para a ação “apenas” 25 dias depois. Ele lembrou a decisão da Quarta Comissão do Tribunal sobre um processo da Copa do Brasil Feminina em 2009, que acolheu a preliminar.

Com esse fundamento, ele pediu a decadência do processo - processo fora de prazo. Contrato rescindido Marcus Vinícius Oliveira Pereira, o Amaral Capixaba, como é chamado no América, tinha contrato assinado com o time de 1º de fevereiro a 30 de novembro desse ano, mas na ficha do atleta na CBF, com o número 167219, consta que o contrato foi rescindido dia 1º de julho. No dia 15 de outubro, o BID gerou a inscrição do jogador, com o contrato vigente de 15 de junho a 17 de novembro.

“O que está tirando o sono da diretoria de registro da CBF é o fato de o sistema ter aceito o contrato com início de vigência em junho. Isso não deveria acontecer porque, com trinta dias o documento prescreve”, informou o diretor da FAF, Ivan Guimarães. No jogo da volta contra o Vila Aurora (MT), na Terceira Fase da Série D, no dia 02 de outubro, o jogador aparece na súmula da partida com o número 18 - como comprova a súmula no site da CBF.

Fonte: A Crítica