Sem subsídios, economia está fora dos padrões dos clubes da última divisão do Campeonato Brasileiro, a Série D. É o caso do América-AM, que gastou R$ 200 mil na disputa da primeira fase. A classificação à segunda etapa gerou um prejuízo de R$ 80 mil com os jogos no interior do Amazonas, em Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus).
Com o Estádio Vivaldo Lima em obras para a Copa do Mundo de 2014 e o Ismael Benigno - a Colina, parcialmente interditado, o Alvirrubro tentou negociar com a Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) a liberação do Estádio Roberto Simonsen, também na capital, mas não conseguiu. A Fieam alegou que o campo estava reservado, até outubro, aos Jogos dos Industriários.
Sem alternativas, o Mequinha pagou por laudos técnicos do Estádio Francisco Garcia, em Rio Preto, exigidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O custo da papelada saiu por R$ 5 mil. A fim de evitar mais prejuízo na próxima fase da Série D, o clube pediu socorro à Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), que negociou com a Fieam e obteve a liberação do estádio do Sesi, na zona leste de Manaus.
A Fieam manteve os Jogos dos Industriários até o dia 12 de outubro, mas cedeu o campo também para os jogos do Estadual e Copa do Brasil 2011. "A frequência de jogos do nosso campeonato interno continua a mesma. Não sei dizer porque antes não podia e agora pode. Foi uma decisão da presidência", revelou o administrador do complexo esportivo do Sesi, Paulo Silva.
A presidente do América, Bruna Alves Parente, disse que também não sabe porque o Estádio Roberto Simonsen não pôde ser liberado desde o início da Quarta Divisão. "Não sei responder, mas a liberação veio em boa hora pois reduz despesas", afirmou. "Não tenho um número exato dos gastos, mas ficaram em torno dos 200 mil reais. 40% disso foi gasto somente nas idas e vindas a Rio Preto", revelou Bruna.
A dirigente comentou que os prejuízo se refere a despesas com deslocamento, alimentação e estadia da comissão técnica, diretoria e atletas, além da cota dos árbitros que na Série D é paga pelo time mandante.
Fonte: Diário do Amazonas