O Fast Ulbra encontrou um grave problema. Isso porque, o ex-presidente do clube, Sérgio Ribeiro, denunciou nesta sexta-feira que a eleição vencida pelo empresário Ednaílson Rozenha, no final do ano passado, é irregular.
“O último registro do clube em cartório foi realizado em 12 de dezembro de 2008. Isso prova que a eleição no ano passado não tem validade porque não foi registrada”, ressaltou o ex-presidente do Rolo Compressor, que em dezembro de 2008 foi afastado pela Justiça em razão do mesmo problema. “Se eu saí por causa disso, eles (atuais dirigentes) também têm que ser afastados”.
O vice-presidente do Tricolor, Cláudio Nobre, confirmou o problema, mas garantiu que a situação será solucionada na próxima semana. “Ainda não registramos em cartório porque precisamos da cópia autenticada da identidade de todas as 200 pessoas que participaram da assembléia. Agora que conseguimos recolher toda a documentação e na próxima semana iremos resolver a situação em cartório”, afirmou o dirigente, que no ano passado foi nomeado pela Justiça como o interventor do clube após a comprovação de que a eleição vencida por Sérgio Ribeiro não tinha legalidade. “Essa denúncia só mostra o grande fastiano que o Sérgio Ribeiro é”, disse Nobre em tom irônico. “Estamos resolvendo os problemas deixados por ele e não tem sido fácil”.
A eleição está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM). A reportagem apurou no site do Tribunal de Justiça do Amazonas que no dia 9 de dezembro de 2009 o juiz da Vara de Registros Públicos e Precatórias da Capital, Ronnie Frank Torres Stone, atendendo a um pedido do MPE, intimou a direção do Fast a explicar em dez dias ‘sobre as providências adotadas para a realização das eleições da entidade”. No dia 16 de março, um despacho assinado pelo secretário da Vara, certifica que o clube não se manifestou sobre a intimação. Cláudio Nobre disse que o clube não recebeu nenhuma intimação. “Não recebemos nenhum documento do Tribunal de Justiça”.
Para Sérgio Ribeiro, o problema da eleição do Fast poderá refletir na situação do time no Campeonato Amazonense. “Se o clube está irregular, o time também está e poderá perder os pontos que conquistou no Estadual”, alegou o dirigente.
Entretanto, segundo o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM), André Oliveira, dificilmente será penalizado por problemas internos do clube. “Problemas administrativos terão que ser resolvidos pelo próprio clube ou pela Justiça Comum. A Justiça Desportiva só poderá julgar e punir se as irregularidades infringirem regras do jogo ou da competição, o que a meu ver, não se aplica neste caso”.
Fonte: Amazonas Em Tempo