Micael Monteiro, de 21 anos, não é apenas mais um exemplo comum de jogador vindo do interior com a intenção de alçar vôos mais altos no futebol da capital. O lateral-direito que nasceu em Autazes (a 118 quilômetros de Manaus) e está prestes a assinar contrato com o Fast Clube, com a benção do técnico Aderbal Lana, chegou discreto, mostrou serviço e já briga por vaga na posição com o paulista Fuscão. “O Micael combina força física, velocidade e controle de bola. Tem tudo para se tornar profissional. Vai depender dele próprio”, observa Lana. Mas, para ter oportunidade de se tornar profissional do Tricolor da Aço, Michel percorreu um caminho de dificuldades e preconceito desde a infância. Havia dificuldade financeira, porque a mãe, Maria do Socorro, teve de criar oito filhos após se separar do marido. “Fui criado apenas pela minha mãe”. Ele sofreu preconceito em razão da fissura labiopalatal (lábio leporino) desde o nascimento. Micael tem dificuldade para falar em razão do problema, pois a fenda no lábio põe o canal oral em contato com o nasal, o que torna a voz fanhosa. “Desde menino sempre convivi com o preconceito por causa disso (lábio leporino). Eram apelidos, piadinhas, mas fui levando. Tenho muitos amigos e uma família que me respeita e me aceita com eu sou”, afirma o jogador, que passou por cirurgias corretivas na Fundação Cecom, em Manaus, aos 11 anos. “Acredito que esse atleta tenha buscado no futebol um desafio para superar as dificuldades decorrentes do lábio leporino desde criança, como tratamento, cirurgia e preconceito. Com certeza ele deve ser emocionalmente mais forte que os outros”, comenta a clínica-geral Auxiliadora Brito. Micael é realmente um atleta maduro emocionalmente e determinado nos objetivos profissionais. Ele está decido a apostar tudo no futebol e, por enquanto, adiou o projeto de concluir o ensino superior. “Fiz até o terceiro ano do ensino médio e pretendo fazer uma faculdade, mas, agora, vou me esforçar para aproveitar da melhor forma a chance que o Aderbal Lana me deu”. A fala fanhosa em nada atrapalha o desempenho dentro de campo. Otorrino com doutorado na Universidade Paris, na França, João Bosco Bezerra, explica não haver dificuldade para Micael jogar futebol em razão da cirurgia no lábio. “A única dificuldade, pelo que observo, é que ele demorou a fazer a cirurgia (aos 11 anos). Nesse caso, a imagem da voz já ficou gravada no cérebro”. Fonte: A Crítica
Fast aposta em atleta de Autazes, com uma história pra contar
domingo, 24 de janeiro de 2010
às
12:31
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Fast aposta em atleta de Autazes, com uma história pra contar
2010-01-24T12:31:00-04:00
Futebol Amazonense
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