Mascote (Bacurau do Madeira) | Fundação: 22 de outubro de 1997 TÍTULOS HINO Letra e música: Daniel Sales Trilhando pelos caminhos da glória Sempre virá nossa vitória custe o que custar |
HISTÓRIA
O CDC, como é conhecido o clube profissional de Manicoré (a 390 km da capital), foi fundado em 1997, mas se profissionalizou dez anos depois, a partir da seleção municipal campeã da Copa dos Rios (torneio amador) de 2007. Nesse ano, o clube decidiu ingressar na Segunda Divisão do Campeonato Amazonense, que voltaria a ser disputada após 40 anos.
Em 2008, o clube ficou com a 3a colocação, mas conseguiu o acesso à Primeira Divisão, graças à desistência do CEPE, de Iranduba.
Na Primeira Divisão, o clube passou a lutar contra o rebaixamento. Em 2009 escapou por pouco, tendo ficado na 8a posição (a competição tem 10 clubes, e os dois últimos caem), mas em 2010 não houve escapatória para o Bacurau, que terminou na vice-lanterna, decretando sua volta para a Segunda Divisão.
Em 2011, o CDC Manicoré ficou em segundo lugar na Segundinha, conquistando a vaga na Primeira Divisão, mas acabou sendo declarado campeão, porque o primeiro colocado, Grêmio, foi punido com a perda do título.
Distância é a maior dificuldade
Independentemente de qualquer coisa, os jogadores e a comissão técnica do CDC, de Manicoré (a 390 km de Manaus) podem ser considerados heróis. Muitas vezes, por conta da dificuldade de logística e da falta de dinheiro para mais dias de hospedagem, o time chega a Manaus no dia da partida.
O time do CDC precisa “enfrentar” jacarés e troncos de árvores numa aventura de barco que dura 42 horas pelos rios Madeira e Negro (a distância fluvial entre as cidades é de 616 km), sempre que vai jogar em Manaus. Para amenizar esse desgaste, os jogadores do CDC/Manicoré fazem alongamentos e exercícios de relaxamento na parada em Borba, que dura três horas. As outras duas escalas têm, em média, 30 minutos.
O clube não tem R$ 18 mil para viabilizar a viagem de avião e arcar com outras despesas. Cada viagem de barco tem um custo aproximado de R$ 10 mil para o CDC/Manicoré, contando as passagens, o transporte em Manaus, a hospedagem e outras despesas. Muitos atletas chegam a passar mal durante o trajeto, mas para cortar custos, a opta por contratar um médico para acompanhar os atletas apenas em Manaus.
Por terra, a única maneira de sair de Manicoré e chegar a Manaus seria a rodovia BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho, em Rondônia, mas ela está desativada, passando por restauração. Isso, aliás, tem sido motivo de polêmica, porque organizações de proteção à Amazônia estão preocupadas com o impacto das obras na área preservada.
FUTEBOLAMAZONENSE.COM.BR , Wikipedia, Globoesporte.com