América ameaça tirar time de campo

       A pouco mais de um mês da estreia na Série A do Estadual e na Copa do Brasil, o América vive um clima de incerteza financeira. Sem fontes oficiais ou privadas de receita, o Diabo, que está em fase de contratação de jogadores, tem hoje despesa mensal próxima de R$ 100 mil, entre folha de pagamento e custos do departamento de futebol. Quando “fechar” o elenco com os reforços vindos de fora, a despesa deve subir a R$ 150 mil.

O vice-presidente de futebol, Luiz Figueiredo, disse, ontem, que vai reunir a diretoria para discutir a participação no Estadual e na Copa do Brasil. “A receita do clube hoje é zero. Se essa semana não tiver uma definição de patrocínios, a gente vai rever a participação nessas competições”, admite.

O titular da Secretaria Municipal de Desporto, Juventude e Lazer (Semdej), Fabrício Lima, afirma que o prefeito Amazonino Mendes já autorizou a ajuda ao América. “Vamos sentar com a diretoria do Mequinha para botar tudo no bico de lápis e ver qual a participação da prefeitura e termos de cifras”.

No campo privado, o América conversa sobre patrocínio com a Ramsons, Infocentro e Construtora Aquarela.

Trabalho com bola

Em meio à crise financeira e sem elenco formado, o técnico Sérgio Duarte comandou o primeiro trabalho do ano com bola, no sábado, no quilômetro 42 da estrada AM-010 (Manaus/Itacoatiara). O treinador testou várias formações. Durante o jogo, o maior destaque foi o atacante Diego, de 19 anos, de Canutama (a 555 quilômetros de Manaus). Oriundo do projeto Bom de Bola, Diego fez três gols.

No quesito reforços, a diretoria tenta trazer o meia Yan, de 35 anos, ex-Vasco. Luiz Figueiredo viajou a São Paulo para tentar fechar contrato. Yan pede R$ 25 mil por mês, mas o América oferece R$ 10 mil. A comissão técnica do Diabo deve receber oito reforços, entre eles o atacante Djalma.

Fonte: A Crítica