Com a despedida do 'Colosso do Norte', figuras de renome do futebol amazonense e que se identificam com a história de quase 40 anos do Vivaldão condenam a medida de construir um novo estádio.
O jornalista Flaviano Limongi, primeiro presidente da Federação Amazonense de Futebol, resignado afirmou: "Nada a declarar, só a lamentar". Emocionado, Limongi ainda desabafou: "É como ver um filho morrer".
Para o escritor Carlos Zamith, 83, autor de obras como 'Baú Velho', que é uma referência sobre a história de clubes e jogadores no passado do futebol local, o estádio Vivaldo Lima poderia ter sido preservado.
"Sinceramente, a demolição (do Vivaldão) me faz sentir tristeza", declarou. "Eu pergunto, para demolir tem que gastar dinheiro e para construir também. Por que não fazer apenas uma coisa, que é construir? Há outros lugares que poderia ser feito um estádio para a Copa (do Mundo)", comentou Zamith.
O historiador do futebol amazonense relembra o próprio caso do Vivaldão, inaugurado em 1970. "Na época, a (Avenida) Constantino Nery (onde está localizado do estádio) era toda cercada por mata virgem. Eu dizia, ninguém vai jogar futebol aqui porque é longe demais e no meio da mata. Hoje, tudo mudou", disse Zamith, que aguarda apoio para lançar o livro 'Histórico do Estádio Vivaldo Lima'.
O presidente do América, Amadeu Teixeira, 83, compartilha da opinião do escritor "Na década de 60, quando começaram a construir o Vivaldão, eu não concordava. E sim, que se ampliasse o Parque Amazonense (desativado) para dez mil pessoas e a Colina (estádio Ismael Benigno) para até 15 mil, mas não fui ouvido", relembrou. "Agora, olho para este estádio e lamento, porque se poderia construir um novo em outro lugar", declarou.
Fonte: Diário do Amazonas