O futebol de Manaus estava em ascensão, após o surgimento da nova entidade, a FAF, comandado por Flaviano Limongi, com o torcedor prestigiando os espetáculos disputados na Colina ou no velho Parque Amazonense…
Os disputantes procuraram reforçar seus elencos, contratando jogadores de outros centros. O Fast não ficou atrás. Em 1967, o Fast trouxe do futebol maranhense dois atletas, um deles era o principal, precedido de maior cartaz. O outro veio numa espécie de contrapeso, mas foi justamente este que fez nome no nosso futebol: foi bicampeão e chegou até a participar do jogo da pré-inauguração do “Vivaldo Lima” como integrante da uma das seleções do Brasil.
Ele é Iomar Estevam Pompeu, ou simplesmente Pompeu, nascido no Maranhão em, 02 de setembro de 1946.
O de maior cartaz era Nivaldo que não chegou ser firmar. Pompeu estreou no Fast no jogo final do 1º. Turno do campeonato de 1967, no dia 29 de novembro numa terça-feira à noite, na Colina, entrando no time que enfrentava o Sul América, no lugar de Melo, como lateral direito, posição que defendeu até a permanência de Nivaldo no time. O Fast venceu por 2 a 0 (Zezinho e Bezerra), com 1.258 pagantes.
A passagem de Pompeu no Fast foi longa.Sem interrupção seis anos, firmando-se como um lateral esquerdo de boa marcação, no tempo que o dono dessa posição marcava de perto o ponteiro adversário.
Primeira fase 1967 - 6 jogos;
1968 – 12 jogos;
1969 – 18 jogos;
1970 – 21 jogos;
1971 – 22 jogos;
1972 – 20 jogos
Segunda fase 1975 – 16 jogos
Totalizando 115 jogos pelo Fast.
NO CRUZEIRO
No ano de 1969, Pompeu desfrutando de bom cartaz, foi visto por olheiros do Cruzeiro, de BH e para lá foi. Permaneceu por quase cinco meses e voltou porque os concorrentes pela posição de lateral esquerdo eram grandes, dentre eles Pedro Paulo e Wanderley. Voltou para o Fast.
Em 1973, Pompeu fez dois jogos de campeonato pelo Rio Negro. Nesse mesmo ano vestiu a camisa do Nacional cinco vezes disputando jogos pelo Campeonato Brasileiro.
NO SÃO RAIMUNDO
Depois da passagem pelo Nacional, Pompeu ingressou no São Raimundo, com estréia no dia 25 de agosto de 1974, contra o Nacional, para o qual perdeu por 4 a 1. Disputou apenas seis jogos pelo time da Colina.
A VOLTA
Em 19 de março de 1975 voltou ao Fast disputando 16 jogos oficiais. Em 1976, retornou ao São Raimundo estreando contra seu ex-clube, com resultado de 1×1. Disputou 22 jogos oficiais, despedindo do futebol local no dia 18 de julho de 1976 num jogo em que venceu a Rodoviária por 2×1.
Nos arquivos do Baú Velho consta o jogo de despedida, numa preliminar de Nacional 2 x 0 Fast, com 7.227 pagantes.
Local: Vivaldo Lima. Árbitro: Alexandre José Lourenço.
Gols: Val e Dentinho (S.R.). Zezinho Bastos (Rodó).
FOI EMBORA
Pompeu tinha cara de poucos amigos dentro de campo. Por isso, embora militando na crônica esportiva desde 1955, nunca tive contato com ele, apesar de ter um bom circulo de amizade com alguns de seus companheiros, como os irmãos Piola, o goleiro Zé Carlos, Casemiro, Afonso e Adinamar.
Terminada sua missão em Manaus, Pompeu foi embora para Rondônia, onde vive há quase 30 anos.
Lá vive inclusive colaborando com o esporte local como repórter e exercendo cargo num um Hospital Federal.
Surpreendeu-me ao ter contato com Pompeu por ocasião da gravação do Programa ALE no Esporte. De papo agradável, sempre sorridente e, acima e tudo, com firmeza nas respostas. (Foto ao lado, Pompeu em 2009).
Por Carlos Zamith – www.bauvelho.com.br