A Série B do Campeonato Amazonense traz personagens que trabalharam na Primeira Divisão do futebol local. Jogadores, técnicos, preparadores físicos e até os roupeiros. No caso de Manacapuru, nem a rivalidade entre Operário e Princesa tirou o emprego de Edmar Borges Lima, 34 anos, o Máscara, que tem o coração no Princesa, mas que na Série B, trabalha como roupeiro do Operário. Máscara tem a responsabilidade de cuidar do equipamento do clube.
O roupeiro se orgulha em poder trabalhar no futebol há seis anos. Hoje ele recebe R$ 800 reais pelo trabalho, sendo que R$ 500 é pelo serviço e R$ 300 para lavar o equipamento. “Eu pelo menos tenho trabalho todo ano. Ainda bem que apareceu a Série B, se não eu ia ficar desempregado”, afirmou. Carreira Máscara diz que ao iniciar a carreira lavava o equipamento do clube nas mãos, mas com o dinheiro que ganhou, comprou uma máquina de lavar roupas e inclusive já quitou as prestações. “Comprei com o dinheiro que ganhei no Princesa e já paguei. Agora é colher os frutos. Já está dando lucro”, disse. Quando a rivalidade entre as duas equipes da cidade, Máscara disse que o coração tem as cores do Princesa - vermelho - mas que hoje defende o Operário pelo dinheiro. “Se no ano que vem o Princesa me quiser de volta eu vou. Mas sou um profissional do futebol como qualquer outro e tenho que procurar o melhor para mim e minha família”, frisou. Fonte: A Crítica
Sem um veículo motorizado, ele encara alguns quilômetros todos os dias com sua bicicleta. Nela ele carrega todo o equipamento de treino e as caixas térmicas para acondicionar gelo e água fria para os jogadores. “Isso eu faço todo dia. Levo o material para minha casa e eu mesmo lavo e cuido do equipamento de treino”, afirmou.
