Repercussões do Vexame

quarta-feira, 26 de agosto de 2009 Comments

 

Nacional perde R$ 666,4 mil com eliminação

      Vexame em campo, recurso vetado. Com a eliminação precoce na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro, o Nacional deixará de receber os R$ 666,4 mil restantes do valor de R$ 1 milhão prometido pelo goveno do Estado para a competição nacional. A eliminação pelo Cristal-AP (derrota de 5 a 2), no último domingo, em Manaus, ainda deixou o Leão no lucro, pois ganhou a parcela inicial de 333,6 mil.

      Para chegar à Série C, o Nacional precisava alcançar a quinta fase da quarta divisão. Mas, na fase do mata-mata, morreu antes.

      Segundo o vice-presidente do clube, Édson Rosas, o Naça enviou ofício agradecendo o patrocínio e explicou que o convênio para o repasse da verba não precisará ser firmado. A nova liberação estava condicionada a classificação do clube.

      "Nós últimos anos, essa é a primeira vez que o Naça termina uma competição sem dívidas. Estamos pagando todo mundo em dinheiro e entregando as passagens aéreas. Aqui não teve aquela história de cheque ou nota promissória para receber depois", revelou Rosas.

      Até sexta-feira, a diretoria do Leão espera rescindir o contrato dos jogadores e comissão técnica. Nesta quinta-feira, a diretoria se reúne para fazer um balanço dos jogos e planejar a disputa da Copa do Brasil 2010.

Fonte: Diário do Amazonas

Eliminação ainda gera discussão em Manaus

A eliminação do Nacional, na Série D do Brasileiro, de forma decepcionante, continua gerando discussões em Manaus. O clube de maior tradição do Estado, com 40 títulos estaduais, sucumbiu na quarta divisão do futebol nacional. O baque também foi muito forte para quem se acostumou a ver conquistas memoráveis do times locais, como o primeiro presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Flaviano Limonge, e o jornalista e pesquisador Carlos Zamith, ambos com 83 anos de idade e mais de 40 no futebol.

      "Nada a declarar, só a lamentar. Digo apenas que é preciso ser tomada uma atitude, urgentemente. Não se pode deixar como está", disse Limonge, mostrando-se bastante indignado.

      Ontem, durante a gravação do programa esportivo exibido às quintas à noite na TV Assembléia Legislativa, o tema foi o agravamento da crise que se instalou no futebol local. Não apenas a velha guarda, mas debutantes como o diretor de futebol do América, Kevin Ruiz, demonstraram preocupação com o futuro do esporte no Estado.

      Todos tem consciência de que não adianta ficar chorando o leite derramado, e sim, provocar iniciativas que mudem o rumo do barco. O jornalista e apresentador Roberto Augusto sugere que se abra uma discussão envolvendo todos os setores ligados ao esporte. "Temos que pensar no futuro, que é preocupante. Estou sugerindo uma audiência pública ou coisa parecida, com todas as pessoas ligadas ao futebol, no sentido de se colher idéias que possam reverter esse quadro", disse o jornalista.

      A ideia é compartilhada pelo presidente do Sul América, Luiz Costa. Ele acha que é preciso o comprometimento tanto de investidores quanto de autoridades, já que o futebol congrega todas as classes sociais. "Empresários, desportistas, políticos, dirigentes, todos temos que encontrar uma solução. Sempre estamos caindo na mesmice, e precisamos dar uma guinada. Como dirigentes, aceitamos a condição de culpados. Temos que planejar o futebol e não, fazer tudo em cima da hora", admite Costa.

Fonte: Jornal A Crítica

 

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