Clubes alegam benefícios ao Nacional e ao Sul América na tabela. ‘Culpada’ pode ser TV A Crítica

No mínimo, quatro clubes devem entrar com um ofício na presidência da FAF (Federação Amazonense de Futebol), nesta terça-feira, solicitando uma revisão da tabela do primeiro turno da Série A do Amazonense, que começa no dia 20 de fevereiro. Dirigentes do Fast, América, ASA e São Raimundo alegam favorecimento ao Nacional e Sul América na composição dos jogos na tabela.

Na documentação, o vice-presidente do Fast Clube, Cláudio Nobre, argumenta que o Leão terá mais partidas no estádio Roberto Simonsen, do Clube do Trabalhador do SESI (seis em nove rodadas), que os demais adversários.

A TV A Crítica, detentora dos direitos de imagens do Estadual até 2014, transmitirá os jogos da competição de 2010 apenas naquele local. “Em Manaus, o Sesi é o campo com melhores condições de jogo no Estadual. Assim, o time que tiver mais preparado tecnicamente ficará em vantagem jogando lá”, declarou Nobre.

Outro benefício ao Naça, alegado pelo dirigente, é em relação aos gastos com viagens ao interior. O Nacional, a exemplo do Sul América, viajará apenas uma vez para jogar fora de Manaus. “Fora nós quatro, o maior prejudicado é o CDC Manicoré, que ao contrário dos outros colegas do interior (Princesa dos Solimões, Penarol e Manaus Compensão), jogará três vezes no seu mando de campo ao invés de cinco”, disse Nobre.

Para o diretor-técnico da FAF, Ivan Guimarães, não há mais possibilidade de mudar a tabela. “Não tem como alterar, já divulgamos a tabela do Estadual com 60 dias de antecedência como determina o Estatuto do Torcedor. A TV A Crítica é que escolhe quais jogos transmitir, então os clubes insatisfeitos têm que reclamar com a direção da emissora”, declarou Guimarães. “Este ano, a televisão transmitiu oito jogos do Rio Negro (rebaixado à Série B) e ninguém reclamou”, lembrou o dirigente.

A FAF está em recesso e não deve ser notificada do ofício. “Já falei com um diretor da TV A Crítica e espero uma resposta, porque tecnicamente eles não podem interferir no campeonato”, disse Nobre, que pede no documento troca de alguns mandos de campos e igualdade no número de jogos no Sesi e no interior, no caso dos times de Manaus.

Fonte: Diário do Amazonas