Advogado responsável pela ação, George Ramalho Júnior diz que o discurso do Alvinegro de Campina Grande é o mesmo de sempre.
Terminou sem acordo imediato a reunião realizada na tarde desta quinta-feira entre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, e os clubes que entraram com ações na justiça comum.
Após aproximadamente duas horas de reunião, a CBF e os clubes que entraram na Justiça comum para conseguirem uma vaga na Série C-2012 não entraram em acordo. O presidente da entidade, José Maria Marin, tentou nesta quinta-feira convencer os dirigentes de Brasil de Pelotas, Treze, Araguaína e Rio Branco-AC que retirassem as respectivas ações para que a Terceira e Quarta Divisões começassem logo, mas não teve sucesso.
- O presidente Marin só tentou nos convencer de retirar as ações, pois um prejuízo está sendo causado, mas não deu nenhuma solução prática à situação. Não passou muito disso. A tendência é que o Brasil-RS mantenha a ação e infelizmente vai demorar um pouco mais para começar a competição - afirmou o diretor jurídico do Brasil-RS, André Araújo, nitidamente desapontado com a reunião.
As Séries C e D deveriam ter começado nos dias 26 e 27 de maio, mas o STJD determinou que o início não acontecesse enquanto a confusão não for solucionada.
Ao menos ficou acordado no encontro que os clubes voltarão a se reunir, desta vez no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio, na próxima segunda-feira. Na ocasião, eles vão se pronunciar oficialmente para dizer se vão retirar as ações ou apresentar uma solução para o imbróglio.
- A CBF não vai fazer barganha com ninguém. Ela fez um pedido para que os clubes retirassem a ação. Segunda-feira isso vai ser resolvido. O presidente Marin falou que não vai abrir as portas da CBF para mais ninguém discutir o assunto enquanto os clubes não retirarem a ação - afirmou Osvaldo Sestário, representante do Santo André.
Apesar do tom ameaçador da CBF, que promete começar a punir os clubes envolvidos na confusão a partir de segunda-feira, o Treze reafirma que só aceita um acordo se este incluir o clube paraibano na Série C do Brasileirão.
Quem defende esta tese é o advogado George Ramalho Júnior, que representa o clube na ação judicial movida contra a CBF e contra o Rio Branco. Segundo ele, a postura do Treze permanece inalterada.
- O discurso é o mesmo de sempre. Não aceitamos nenhum acordo que não preveja o Treze na competição nacional. Aceitamos conversar, mas não vamos abrir mão de nosso direito – declarou o jurista.
Ele ponderou, no entanto, que no encontro desta quinta-feira ninguém chegou perto de um acordo que pudesse encerrar os conflitos existentes.
- Tudo ficou para segunda-feira – resumiu.
Existia a expectativa de que a situação pudesse ser resolvida já nesta quinta, para que os campeonatos da série C e D, paralisados desde que começou a guerra de liminares, tivesse início imediato, mas isto não aconteceu.
O presidente trezeano Fábio Azevedo, que também participou da reunião, não falou sobre o encontro.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/pb/noticia/2012/06/apos-reuniao-na-cbf-treze-reafirma-que-nao-aceita-ficar-de-fora-da-serie-c.html / http://acritica.uol.com.br/craque/CBF-dirigentes-Series-continuam-paralisadas_0_718728168.html