Técnicos ‘pagam o pato’ por falta de estrutura dos clubes

terça-feira, 8 de março de 2011 1 comentários

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     Dos nove times que disputam o Campeonato Amazonense 2011, apenas dois – Nacional e São Raimundo – têm campos próprios para treinar. Os demais se preparam em locais improvisados ou cedidos para as atividades. Além das condições precárias de treino, os clubes sofrem com falta de renda nos jogos e com jogadores amadores. Quem paga o pato nessa realidade são os técnicos. Em seis rodadas, sete treinadores foram demitidos.

Quem inaugurou as dispensas foi o Fast Ulbra ao demitir Aderbal Lana (foto) após a estreia no Estadual. O Rolo Compressor perdeu por 1 a 0 para o Operário. “Achei normal a decisão da diretoria”, avaliou Lana, de 64 anos, já acostumado a esse tipo de revés. “O futebol é dessa forma, não adianta reclamar. O Muricy Ramalho foi campeão brasileiro e já está para cair no Fluminense”, lembrou o treinador, que mantém a postura crítica em relação à gestão no futebol amazonense. “Aqui os times são formados de última hora e só durante três meses se mantém a base. Depois muda tudo e os treinadores ficam prejudicados”, lembrou.

O América bateu o recorde: dispensou quatro técnicos em quatro jogos. O português Luis Miguel, que sofreu duas derrotas em dois jogos à frente do América, também pegou o beco. Seu substituto interino, Édson Ângelo, reprovou a medida da diretoria alvirrubra. “Achei a decisão prematura, porque ele teve apenas 15 dias para trabalhar. Mas treinador vive de resultados e a diretoria não gostou do trabalho dele”, disse Ângelo, que comandou o Mequinha num único jogo, no empate em 2 a 2 com o Rio Negro.

A dispensa de Laone Luz do comando do Nacional foi a mais estranha. Sem nenhuma derrota e na vice-liderança, o técnico foi afastado após o empate por 0 a 0 no clássico diante do Rio Negro na quarta rodada. Laoni, que costuma evitar falar com a imprensa sobre seu trabalho, preferiu não se pronunciar. 

Demitido com uma vitória, dois empates e uma derrota em quatro jogos pelo Princesa do Solimões, Oscar Conrado foi o que mais se mostrou revoltado. “Perdemos pontos contra times que estavam se preparando desde dezembro e vinham bem no campeonato. Fiz um trabalho barato e organizado para acontecer isso. Me senti usado”, desabafou. “Está faltando respeito aos treinadores. Temos que ter uma estrutura. Mas nós temos uma parcela de culpa, porque somos desunidos aqui. Um quer ser melhor que o outro”, alegou.

Fonte: Diário do Amazonas

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