América ainda tenta reverter decisão da CBF

        Até o início da tarde de ontem, o jogo entre América e Madureira-RJ, pelas semifinais da Série D, permaneceu marcado para o estádio Jader Barbalho, em Santarém-PA, no próximo domingo (24). Insatisfeitos com a decisão, representantes do clube amazonense, da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) e da Federação Amazonense de Futebol (FAF) se reuniram na tarde de terça-feira para traçar alternativas.

Dentre todas, a principal foi o envio de novo laudo técnico do estádio Roberto Simonsen à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O documento elaborado pelo Corpo de Bombeiros reafirma a capacidade atestada pela declaração inicial, emitida dia 25 de agosto. "Solicitamos e eles prontamente nos atenderam. Está aqui descrito: 'público estimado de 10 mil pessoas'", ressaltou o titular da Sejel, Júlio César Soares.

Contudo, o texto teve como acréscimo o período de vigência, antes limitado aos meses de agosto a setembro. Com o novo laudo, a declaração se estende aos meses de outubro e novembro. O problema é que o prazo previsto pelo regulamento para alteração do mando de campo expirou há uma semana. "Não importa. Vamos tentar até o fim. A CBF não pode tomar essa decisão de forma tão repentina", assegurou Júlio César.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), André Oliveira, independente da capacidade de espectadores sentados do estádio do SESI (exigência do artigo 24 do regulamento geral da Série D e do Estatuto do Torcedor), o América tem como recorrer. "O primeiro passo é dar entrada em mandado de garantia, para cancelar ou adiar a realização do confronto. Isto pelo menos confere tempo para resolver o problema", disse. Ele avisou que a medida deve ser tomada imediatamente.

FAF tira o corpo fora 

         Presente ao encontro no lugar do presidente Dissica Valério Tomas, que está em Brasília, o diretor-técnico da FAF, Ivan Guimarães, apresentou documento em que define a quantidade total de público (sentado) em 3,9 mil espectadores. Em seguida, acrescentou que, mesmo representando a CBF, a Federação não tem poder de intervenção. "Salgueiro-PE, Madureira-RJ e Ituiutaba-MG também perderam mando", disse. "Agora, o que pode ser feito é uma proposta junto a Confederação, garantindo a venda limitada de bilhetes. Acredito que assim eles analisariam com mais carinho", sugeriu.

Fonte: Amazonas Em Tempo