Mal o América desembarcou na capital amazonense, na tarde desta segunda-feira, e o primeiro objetivo do clube para a segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro foi revelado. Diante dos custos com deslocamento para Rio Preto da Eva, a diretoria americana volta à negociação pelo uso do estádio Roberto Simonsen (Clube do Trabalhador – Sesi), em Manaus.
A tarefa é difícil, pois a tentativa já carrega antecedente desfavorável. “Tentamos no início do campeonato, mas o pedido nos foi negado. Hoje, temos todas as condições para a realização de vistoria e basta a autorização deles”, revelou a presidente Bruna Alves Parente (foto). À época, a justificativa do Serviço Social da Indústria (SESI) foi a utilização do espaço para os Jogos dos Servidores, evento esportivo em andamento até o mês de outubro. O desfecho foi a adoção do estádio Francisco Garcia, em Rio Preto da Eva, como novo mando de campo do Diabo durante a competição.
O retrospecto, no entanto, foi negativo (dois empates e apenas uma vitória) e a diretoria voltou a cogitar o retorno a Manaus. Entre os que tentaram explicar a situação adversa, o meia-atacante Clailson alegou que o campo interiorano na verdade era neutro. Segundo ele, a baixa presença de torcedores, aliada ao desconhecimento do gramado, levou a equipe a jogar em condições iguais a dos adversários da chave. “Não é como atuar em casa. Fazemos o reconhecimento às vésperas do jogo e isso não nos dá vantagem alguma”, disse o jogador, antes do jogo de volta contra o Cametá-PA, há duas semanas. “Torcida é outro ponto, pois em Manaus poderíamos contar com adesão de outros clubes”, completou.
De volta ao trabalho nesta terça-feira, a cúpula vermelha começa a traçar novo planejamento visando à fase eliminatória do certame. Reforços também devem estar na pauta, mas Bruna Parente afirmou que as decisões sobre nomes e valores ficam para o fim do encontro. “Até agora, só sabemos que nossos jogos estão marcados para os dias 5, com mando de campo nosso, e 12 de setembro, fora. Se vai ser em Manaus ou em Rio Preto, ainda vamos avaliar com calma”, confessou a dirigente.
Dirigente da FAF coloca mudança em dúvida
O Diretor Técnico da FAF (Federação Amazonense de Futebol), Ivan Guimarães, achou interessante a busca do América em mandar o jogo de ida da segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro no estádio Roberto Simonsen, em Manaus.
Mas o dirigente questiona se o clube efetivamente possui condições de realizar nova vistoria e emissão de laudo pericial. “Em Rio Preto foi algo demorado e eles sabem disso. Acho louvável que querem jogar na capital, mas todos têm noção das dificuldades do processo de liberação”, ressaltou. Segundo Ivan, a responsabilidade pela obtenção de campo é do América, e não da FAF.
Ainda na primeira fase, o estádio Gilberto Mestrinho, em Manacapuru, chegou a ser citado entre os campos alternativos, mas a ausência de verba travou nova visita técnica.
Fonte: Amazonas Em Tempo