Depois de ficar sem técnico, América fica sem estádio

       Ao lançar projeto para se tornar um time competitivo na Série D do Campeonato Brasileiro, no dia 14 de maio deste ano, o América, de Manaus, pretendia se diferenciar dos demais clubes do Amazonas que vivem no ostracismo. Um mês depois, abandonou o novo nome fantasia (Manaos), desfez parceria com uma empresa de marketing e ainda não conseguiu patrocínio. Sem técnico depois que Sérgio Duarte pediu para sair do clube, o América pode ficar também sem estádio para disputar a Série D.

      O único local disponível em Manaus, o campo do Clube do Trabalhador do Sesi, foi vetado pela Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), que administra o complexo esportivo na zona leste da capital. A decisão pegou a diretoria do América de surpresa. “Vamos solicitar o Estádio Francisco Garcia”, revelou a presidente do América, Bruna Alves Parente. O novo campo fica em Rio Preto da Eva, a 56 quilômetros de Manaus.

      O Estádio Roberto Simonsen, do Sesi, é o único na capital em condições de receber partidas oficiais. O complexo esportivo do Serviço Social da Indústria será transformado em centro de treinamento (CT) para seleções na Copa do Mundo 2014. “Foi uma surpresa. O administrador ligou e disse que não será possível liberar o estádio, pois nas datas serão realizados jogos dos industriários”, lamentou Bruna.

      Dirigentes de outros clubes como Rio Negro, Fast Ulbra e América   questionam a escolha do Roberto Simonsen para CT. É que o estádio será reformado, mas nem sempre estará disponível aos clubes, pois é propriedade particular.

      Para mandar os jogos no Francisco Garcia, o Chicão, a diretoria do Mequinha precisa da liberação da prefeitura de Rio Preto da Eva. Segundo o diretor-técnico da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ivan Guimarães, o aval não será problema. “A prefeitura, com certeza, libera. Mas o América precisa providenciar os laudos técnicos da Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de um engenheiro para atestar as condições do estádio”, afirmou. O Chicão tem capacidade para cinco mil pessoas.

Fonte: Diário do Amazonas / FUTEBOLAMAZONENSE.BLOGSPOT.COM