Ação Popular contra a demolição do Vivaldo Lima

terça-feira, 6 de abril de 2010 Comments

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      Uma ação popular contra o Governo do Estado do Amazonas, de autoria do Instituto Amazônico de Cidadania e  alguns políticos, reacendeu a polêmica sobre a demolição do Estádio Vivaldo Lima, para a construção de um novo estádio para sediar a Copa do Mundo de 2014.

“Em hipótese alguma somos contra a realização da Copa em Manaus. Somos contra, sim, o desperdício de dinheiro público”. A declaração partiu do deputado estadual Luiz Castro, que na segunda-feira, juntamente com o Instituto Amazônico de Cidadania (IAC) e o vereador Mário Frota (PDT) protocolizaram, no Ministério Público Federal (MPF), uma ação popular contra o Governo do Estado, pela demolição do Estádio Vivaldo Lima  que vai gerar um gasto de R$ 25 milhões.

O Instituto e os parlamentares defendem a reforma e a adequação do estádio às exigências da FIFA para a realização da Copa de 2014. A ação popular se baseia, principalmente, no dano que a demolição causará ao patrimônio público, já que, atualmente, o estádio Vivaldo Lima está avaliado em R$ 350 milhões. De acordo com o projeto do Governo, o novo estádio, a ARENA AMAZÔNIA, custará R$ 550 milhões.

Pára ou não pára?

A Ação Popular com pedido de liminar para suspender a demolição do Vivaldão, onde será erguida a Arena da Amazônia para os jogos da Copa de 2014, não tem respaldo jurídico, é movida por interesses políticos, além de estar fora de prazo. Essa é análise da titular da Secretaria de Estado da Infra-estrutura (Seinf), Waldívia Alencar, que, ontem, contestou o argumento do Instituto Amazônico da Cidadania (IACI), autor da Ação, considerando a demolição danosa ao meio ambiente e ao patrimônio artístico do Vivaldão.

Na peça jurídica, o IACI sugere que haja uma adaptação do Vivaldo Lima às exigências da Federação Internacional de Futebol (FIFA), em vez da derrubada do Estádio para a construção da Arena , orçada, a princípio, em R$ 499 milhões. Na ocasião, o deputado estadual Luiz Castro (PPS) e o vereador Mário Frota (PDT) engrossaram a lista do movimento “fica Vivaldão”. “Se fizessem adaptações às exigências da FIFA, sem demolir o estádio, haveria uma economia de R$ 300 milhões”, alega Castro. “Não podemos perder um patrimônio do povo amazonense para um ‘elefante branco’”, reforçou o vereador Mário Frota.

A secretária diz que o governo do Estado tem respaldo de um laudo técnico do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) garantindo que não haverá impacto ambiental com a demolição do Estádio. “Isso é um mero movimento político. O momento é outro, pois temos prazos a cumprir por exigência da FIFA. O fórum certo para contestações foi a Audiência Pública, quando todos foram ouvidos e todos os pormenores do projeto também discutidos e esclarecidos”, observa a secretária  Waldívia Alencar. Outro fator de impedimento para a demolição do Vivaldão alegado pelo IACI seria a perda da identidade cultural do Vivaldo Lima, cujo projeto arquitetônico, de Severiano Mário Porto, foi premiado em 1966.

Fonte: A Crítica / Amazonas Notícias / FUTEBOLAMAZONENSE.BLOGSPOT.COM

 

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