Trocar as festas de carnaval por encontros religiosos e períodos com a família não é um hábito comum entre os jogadores de futebol amazonense, mas a maioria dos especialistas concorda que a religião pode ser uma ótima aliada na hora de lutar contra os excessos da folia momesca. Quem optou por cuidar da saúde espiritual neste período de Carnaval também preservou a saúde física, e esta semana deve voltar ao trabalho em vantagem com relação aos foliões. Quem confirmou a teoria foi um jogador que já viveu os dois lados da moeda, o experiente atacante Garanha, do Manaus Compensão. Atualmente fiel à religião que escolheu, o atleta garantiu que está definitivamente afastado das festas de carnaval, e que isso lhe tem feito muito bem. "No começo da carreira eu freqüentava muito essas festas de carnaval, e sempre voltava para treinar bastante desgastado. É inevitável. Mas hoje isso faz parte do passado", afirmou. Garanha disse que quatro dias de carnaval são suficientes para colocar um mês inteiro de trabalho a perder. Mesmo sem desrespeitar a opinião de cada um, o jogador reafirmou que a melhor opção é se preservar no período carnavalesco, evitando horas seguidas de festa e o excesso de álcool. "Esse desgaste não causa prejuízos apenas para o jogador, mas também para a equipe de uma forma geral. O futebol é um esporte coletivo, e se você não se esforça o bastante, prejudica o trabalho de quem está focado". Totalmente convertido, em 2010 o atacante teve um carnaval marcado por encontros da igreja e momentos tranquilos com a família. Segundo ele, esta folga foi importante para fazer coisas simples, mas que a vida corrida de jogador atrapalha bastante. "Fui ao shopping com meus filhos, almocei com um grande amigo e agora estou indo para a igreja cuidar da minha saúde espiritual. Durante a semana não dá para aproveitar tanto assim porque treinamos intensamente. Portanto, foi muito bom", comentou. Para o técnico do ASA, Eduardo Lima, programas religiosos no período de Carnaval deviam ser adotados por todos os atletas profissionais, mas isso ainda é algo distante da realidade local. ele disse acreditar que a juventude da maioria dos atletas acaba pesando na hora de decidir entre igreja e as baladas. "A gente até tenta conversar com eles e pedir para pegar leve no Carnaval, mas é difícil. A maioria é muito jovem e quer mesmo aproveitar a vida de forma intensa", constatou. Mas Lima admitiu que o número de atletas evangélicos no futebol amazonense cresce gradativamente e que isso tem forçado mudança de postura positiva nas equipes. "Antes era difícil encontrar um jogador comprometido com a religião, mas hoje temos um número significativo em cada time. Estes tendem a se destacar, pois são mais focados. Consequentemente eles viram exemplo, e convencem outros jogadores a tomarem atitudes mais responsáveis", avaliou. Com isso, o treinador vê na sua equipe um grupo bastante responsável e focado num desafio colocada neste início de temporada. Para ele, a religião ajudou a convencer os jovens jogadores a cuidar mais da vida, e ter a plena consciência de que a carreira de um atleta profissional pode ser muito curta se não for aproveitada. "Eles sabem que é necessário se esforçar desde cedo para ganhar destaque e dinheiro. Não adianta pensar que a vida é pra sempre. A religião tem sido muito importante nisso", concluiu. Sorte também é aliada Quem concorda com essa opinião é o técnico do Princesa do Solimões, Carlos Prata, que vê na religião uma aliada importante dos jogadores. "A saúde espiritual é boa para qualquer um, e quando ela ajuda a manter o foco no trabalho é ainda melhor. Isso tem acontecido cada vez mais aqui no Estado". Apesar disso, o treinador ficou feliz em contar com a sorte nessa temporada. "Não tivemos muitos problemas porque o Carnaval aqui de Manacapuru não é tão intenso quanto em Manaus", brincou Prata. Outro que não quis esperar apenas pelo bom comportamento dos atletas foi o técnico do Nacional, Alemão. "Aqui não tivemos folga para o Carnaval, e o único dia livre foi o domingo". Para ele, os jogadores do clube estão bastante conscientes da importância de cuidar da saúde, e aceitarem bem as recomendações. Quando à religião, Alemão é incisivo: "Não há dúvida alguma que ajuda muito, e é sempre bom trabalhar com pessoas que levam em consideração esses valores", concluiu. Fonte: Amazonas Em Tempo
Religião pode ser a arma contra o desgaste do carnaval
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
às
00:58
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Religião pode ser a arma contra o desgaste do carnaval
2010-02-16T00:58:00-04:00
Futebol Amazonense
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