Jogador terá que cortar o cabelo para jogar no ASA

       O zagueiro Marcos Marvilla, de 34 anos, se apresentou, ontem, à diretoria do ASA, dirigido por militares, mas a cabeleira dele já é motivo de comentários no clube. Adepto do heavy metal, o jogador carioca, de 1.89m e 83 quilos, mantém cabelos longos, o que não é permitido nas Forças Armadas.

“O pessoal (militares) já gritou aqui (ASA) sobre isso. Vou conversar com ele (Marvilla) a respeito. Acho que não será problema”, analisa o técnico Edu Lima, que aprovou a vinda do reforço à equipe. “É um jogador experiente, com qualidade técnica e capacidade de liderança, que eu observei ano passado jogando pelo Operário (Manacapuru) na Série B”.

Marvilla, que sempre teve cabelos longos, se disse disposto a conversar com a diretoria sobre o assunto. “Vim para somar ao grupo. Se isso incomoda a diretoria, vamos acertar, sou um funcionário. Mas acho que o jogador deve ser cobrado pelo resultado dentro de campo. O cabelo, seja curto ou longo, é somente um detalhe”.

Marvilla assina contrato com o ASA até o fim do Amazonense, com salário acima da média dos demais - ele não quis revelar o valor - que é de R$ 2 mil. O zagueiro chegou, ontem, ao meio-dia em Manaus e foi com as malas direto para o campo do ASA treinar.

“Temos menos de uma semana para a estreia. Acho que isso dificulta o entrosamento”, analisa o atleta, que diz ter recusado proposta do Saquarema na Segunda Divisão do Cariocão. “O salário não era tão atraente. Por outro lado, me adaptei bem ao futebol local”.

Fonte: A Crítica