A Série B que vai para a sua terceira rodada, há dois anos representa um novo mercado de trabalho para os profissionais do futebol. A competição disputada este ano por cinco clubes, representa um mercado de cerca de 200 novos empregos para os profissionais do futebol. Com os contratos rescindidos ao término de cada campeonato, que dura em média quatro meses, cerca de 80% dos profissionais que disputam o Amazonense ficam desempregados ou têm de tentar buscar em outras atividades uma fonte de renda para fugir do desemprego.
Para o atacante Márcio Baiano, que disputou o estadual deste ano pela Sul-América e está no elenco do Operário de Manacapuru, a Série B do Estadual é uma oportunidade para os jogadores profissionais se manterem por mais tempo em atividade. “Com a Série B, agora todos os jogadores que disputaram a Série A podem continuar em atividade e se manter em forma e com certeza o Campeonato Amazonense do ano que vem vai ser mais forte”, comentou.
A migração para a categoria inferior está gerando um outro problema no mercado de trabalho, a facilidade de conseguir atletas de melhor qualidade, está fazendo com que uma quantidade menor de novos atletas tenha oportunidade de disputar uma competição profissional. A equipe do Operário de Manacapuru, por exemplo, 22 dos 24 jogadores vieram de outros clubes da série A. Um número bem pequeno de novos jogadores estarão na vitrine da Série B, a disposição de clubes da Série A em 2010.
Para o diretor de esporte do Princesa do Solimões, empresário Rafael Mady, a Série B foi criada com o intuito de dar oportunidade para novos jogadores mas infelizmente esse objetivo não está sendo alcançado. “Gostaria de ver novos talentos sendo revelados pela Segundona, mas o que se percebe é que são os mesmos jogadores só trocando de categoria e clubes. O problema é não revelarmos novos talentos”, reclamou.
Uma das diferenças em relação às duas categorias na questão profissionais é o piso salarial. Para disputar a Série B, se mantendo em atividade jogadores estão aceitando propostas de salários inferiores aos que normalmente receberiam jogando pela série A.
Fonte: Jornal A Crítica