A partida do último sábado, entre Fast Clube e Sul América, foi acompanhada sob os olhares atentos de uma galerinha pra lá de especial. Cem torcedores (50 de cada time) entre 12 a 14 anos - de escolas da rede pública -, que fazem parte do projeto Peladão Verde, vibraram a cada jogada e aproveitaram todos os momentos daquele jogão de bola, no SESI.
Os pequenos fazem parte do projeto que Rede Calderaro de Comunicação (RCC) lançou este ano, no Campeonato Amazonense, para formar a futura geração de torcedores para o futebol local. O pequeno Ediwilson Souza, que torce pelo Rolo Compressor, não conseguia esconder a animação de estar indo ao estádio pela primeira vez. “Pela TV é muito diferente. Assim, pertinho, é mais bonito, principalmente a grama que é fina”, avaliou o estudante da Escola Municipal Irmã Helena, enquanto aproveitava o lanche oferecido pelo Projeto.
Para ter direito a participar das partidas a molecada precisa garantir nota dez em comportamento, preservando a limpeza dos ônibus, bem como do estádio. E nesse quesito eles conseguiram marcar um “golaço”. “Estamos buscando e investindo em mudança. Aqui eles são ecologicamente corretos”, salientou o monitor do grupo do Nova Floresta, Antonio Pereira da Silva, explicando, ainda, a mudança na rotina dos alunos das escolas públicas da capital. “Ao invés das crianças estarem nas ruas, ou assistindo TV, estão tendo um programa diferente como esse, que alimenta a cultura da prática esportiva. Teremos torcedores amazonenses fiéis”, disse.
Conhecido pelos amigos como 01, por ser o mais baixinho da turma, Rogério da Silva Freitas, quer ser um jogador de destaque. Para tanto, ele parece já saber exatamente os ingredientes para conquistar a carreira. “Estudar, respeitar regras e obedecer ao técnico, assim como a gente precisa seguir o que o nosso coordenador passa pra gente ver os jogos hoje”, avaliou o “baixinho”, que é grande em simpatia.
O coordenador do Peladão Verde, Arnaldo Santos, destacou a importância de estimular a “ida ao estádio” na infância. “Nossa intenção é fazer com que as crianças comecem a torcer pelos times daqui. Queremos despertar no aluno uma identificação com os clubes de futebol local”, disse Santos.
Fonte: A Crítica