Marcos ‘Pé-Quente’ comenta trajetória vencedora

terça-feira, 7 de junho de 2011 Comments
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     Quando era criança, o menino Marcos Roberto Gomes Facundes, de 37 anos, corria pela areia de um balneário de sua cidade natal, Rio Preto da Eva, quando levou um escorregão e a pegada de seu pé ficou maior do que realmente era. Imediatamente um colega lhe empregou um apelido que o acompanharia para o resto da vida: “Pezão”.

Hoje, décadas depois, o pé do jogador que marcou dois gols fundamentais para a conquista do bicampeonato do Penarol (um golaço de falta no final do primeiro tempo e o último das cobranças de pênalti) segue fazendo estragos. Não na areia, mas nos gramados.

“Esse foi meu sexto título amazonense na Série A, também tenho dois da B, e posso dizer  que foi o mais difícil. A sequência de duelos contra o Nacional foi duríssima. Sabíamos que iria ser assim. Foram seis jogos, com uma vitória pra cada lado e quatro empates, e duas decisões por pênaltis, em uma semana. Eles nos venceram na primeira e não poderíamos decepcionar nossa torcida novamente. Fomos para a disputa com muita confiança de que venceríamos”, diz Marcos Pezão, um dos remanecentes da época áurea do São Raimundo, tricampeão da Copa Norte, tri amazonense e vice-campeão Brasileiro da Série C.

Aliás, o Tufão do passado serve de inspiração para o futuro do Leão da Velha Serpa. “Vejo muita semelhança entre o momento do Penarol e do São Raimundo. A mesma organização da diretoria, o envolvimento dos torcedores e o resultado dentro de campo. Acredito que o Penarol tem tudo nas mãos para conseguir o acesso à Série C, é só manter o planejamento”, confia o jogador.

Organização fora de campo, manutenção da base, são mandamentos fundamentais de sucesso, mas o experiente jogador aponta um motivo crucial para que o Penarol pise em seus oponentes da Série D. “Se jogar no Floro de Mendonça com aquela torcida apaixonada e vibrante já é complicado para os times daqui, imagine para os times de fora. Eles terão que desembarcar em Manaus e pegar a estrada até lá. Será cruel para eles”, prevê.

Marcos Pezão não é só um Leão que rugiu por último na final, dentro de casa ele faz jus ao apelido e pega no “pezinho” dos filhos, Maycon, de 16 anos, e Kaylane, de 8. “Eu cobro bom desempenho na escola. O meu filho quer ser jogador, mas para que isso vire realidade ele terá que colocar o estudo em primeiro lugar”, explica.

O hexacampeão amazonense, no entanto, tem uma marcadora difícil de driblar, a mulher Cleirene. “Eu pego no pé dele direto”, revela a esposa do herói. Para quem desde criança costuma deixar pegadas por onde anda, fica complicado fugir deste tipo de marcação.

Fonte: A Critica
 

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