Esquemas táticos ousados levam vantagem no estadual

segunda-feira, 25 de abril de 2011 Comments

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É inegável que, no futebol, não basta ter jogadores talentosos. O sucesso de um time passa pela formação tática adotada pelo treinador. No Campeonato Amazonense, até a terceira rodada da Taça Cidade de Manaus, o segundo turno do Estadual, se deu bem quem ousou na formação ofensiva.

Foi o caso do Penarol, de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), campeão da Taça Amazonas - o primeiro turno do Estadual. O Leão Azul está invicto a sete partidas, desde a chegada do técnico Uidemar Oliveira. A equipe joga no habitual 4-3-3. Com essa formação derrotou por duas vezes o Fast Ulbra (3 a 1 e 2 a 0), obteve um empate (1 a 1) e uma vitória sobre o Nacional (na final do primeiro turno, por 2 a 1). Também venceu o Princesa do Solimões (3 a 2) e o Operário (2 a 1) e empatou sem gols com o São Raimundo.

Outro que quebrou um tabu ao atuar no 4-3-3 foi o Sul América. O Trem jogava no 4-4-2 sob o comando do técnico Aderbal Lana e passou a atuar com três atacantes com a chegada de Iane Geber. O resultado foi uma vitória por 2 a 0 sobre o Rio Negro e um empate (2 a 2) com o Princesa do Solimões, que levou o time à vice-liderança do regional. Outro trunfo foi o da zaga sulamericana, que passou uma partida sem sofrer gols pela primeira vez no ano, após dez rodadas.

Conforme Iane Geber, o equema de jogo funciona somente se os pontas esquerda e direita tiverem condicionamento físico adequado para suportar a dinâmica de jogo e fechar os espaços no meio de campo quando o time tiver sem a posse da bola. “Os pontas abrem pelas extremas e fica um centroavante centralizado. Isso abre a zaga adversária. Os jogadores de meio de campo, que chegam de trás, ganham mais espaço e liberdade para chutar e fazer triangulações”, explicou o treinador.

Já o técnico do Penarol, Uidemar Oliveira, admite que o esquema mais habitual é o 4-4-2, mas como encontrou jogadores com características que se adequam à formação mais ofensivas, adotou o 4-3-3. “O esquema 4-3-3 é uma variação do 4-4-2. Com a posse de bola, atacamos com três homens. Sem a posse, ficamos com quatro jogadores no meio de campo”, explicou Uidemar. “Eu não gosto do conservador 3-5-2, pois leva muito tempo para entrosar e fazer o time jogar bem com esta formação. Prefiro a dinâmica do 4-3-3 ou do 4-4-2, pois é mais agressivo”, justificou o técnico.

O Fast Ulbra fez a melhor campanha do primeiro turno, apesar de não ter conquistado o título, mas não é adepto do 4-3-3. O ex-técnico do Rolo Compressor, Sérgio Duarte, preferia os esquemas 4-4-2 e 3-5-2. Segundo ele, as duas formações podem ser ofensivas. “O esquema 3-5-2 é mais seguro, enquanto o 4-4-2 exige um posicionamento mais fixo e menos passível a erros, pois não existe o jogador da sobra, comum no 3-5-2”, explicou Duarte.

Conforme Duarte, a vantagem do 3-5-2 é que os alas têm maior proteção do sistema defensivo e dos volantes para apoiar o ataque. As laterais do campo podem ser melhor exploradas. “Já no 4-4-2, os laterais ficam mais fixos, mas o time pode ser ofensivo se tiver dois ou três meias e apenas um ou dois volantes”, comentou o técnico.

Fonte: Diário do Amazonas

 

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