O Galo da Praça da Saudade completou, neste sábado, 97 anos. O Rio Negro, que disputou a Segunda Divisão do Campeonato Amazonense este ano, tendo sido vice-campeão, é um dos grandes clubes do Amazonas, e ano que vem volta a integrar a Elite do Futebol Amazonense, seu lugar de origem e de direito. Conheça mais a história deste clube, que tem muita tradição. Por Carlos Zamith O “Clube Líder da Cidade”, como ficou conhecido a partir da década de 40, nasceu no futebol e foi com o futebol que cresceu, deu alegria aos seus torcedores, encheu os estádios nos dias dos grandes espetáculos nos confrontos frente ao Nacional, seu eterno rival e com quem travou sérias brigas. Uma delas, a mais demorada, por ocasião da definição do campeão oficial de 1945, cuja decisão provocou o seu afastamento do futebol durante 14 anos. A história do afastamento dos gramados do clube barriga-preta já foi contada por diversas vezes mas não custa relembrar alguns detalhes: O jogador paraense Canejo, foi o pivô de toda a encrenca. O Rio Negro já estava com o título de 1945 assegurado, por ocasião de um tradicional “Porto de Honra” no ano da conquista. Mas o hoje conhecido “tapetão” funcionou e o resultado é que o título foi transferido para o “inimigo”, o Nacional. Zangado com a “armação”, dirigentes do clube, com justa razão, não viram outra alternativa: abandonar o futebol de uma vez. Era a decisão de todos, com a adesão de grande número de torcedores. O futebol amazonense não podia viver sem o Rio Negro, era a voz corrente na cidade. Campeonato sem a participação do “barriga-preta” para reviver os grandes clássicos com o Nacional, cognominado de “O mais querido” ou o “Clube das Massas”, não tinha graça, faltava gente no Parque Amazonense, faltava entusiasmo, era futebol sem emoção. E foi por isso, ouvindo a voz do povo, que o saudoso jornalista Josué Cláudio de Souza, no início de 1960, depois de receber o aval do presidente rionegrino Aristophano Antony, decidiu reunir alguns velhos e fervorosos adeptos do clube para organizar o time de futebol. Os frutos não demoraram, pois dois anos após a sua volta, em 1962, o Rio Negro conquistava um título, com um sabor especial, pois derrotara o Nacional, de Plínio Coelho na finalíssima, justo no dia 12 de janeiro de 1963, porque era comum o campeonato entrar pelo ano seguinte. Num dia de grande alegria para a nação rionegrina, os jogadores campeões saíram do campo do Parque, depois de uma arbitragem de Dorval Medeiros, o Guarda, um tanto complicada, carregados pela torcida e a pé, tomaram o caminho da sede da Praça da Saudade, onde uma multidão esperava os heróis da grande jornada vitoriosa. Pedro Brasil, Bolôlô e Raimundo Mário; Fernando, Catita e Eudóxio; Horácio, Tomaz, Aírton, Dermilson e Orlando Rebelo. Outros jogadores que participaram de tão árdua campanha, como Marcondes, Aderson, Gravata, Ismaelino, Piró, Rodrigo, Machado e os goleiros Marcus e Chicão, todos sob o comando de grande ídolo do passado, Cláudio Coelho. Fonte: Baú VelhoO afastamento
Josué fez voltar
Dia de Alegria
Os heróis
3 comentários:
PARABÉNS AO GALO MAIS FAMOSO DO NORTE! QUE VOLTE A SER UM TIME GRANDE!
Saudações Amazonenses!
Não se fala da história de Manaus, sem falar da história do Rio Negro.
GALOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!
Fico feliz com a volta do Rio Negro ao Futebol, um time de tradiçao. Poxa é uma pena que vcs nunca falam no time dos anos 70, que tinha os tres irmao. Antonio Luiz (falecido) o Edvaldo o Ernane.
Joao.
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