
Após prometer grande elenco (inclusive o atacante Jardel, que veio e nunca jogou), títulos e torneios internacionais, o Rio Negro acabou mesmo brigando para não voltar à Segunda Divisão amazonense, de onde havia acabado de sair, e ainda virou notícia nacional pelas péssimas condições por que passavam seus jogadores. O presidente Eymar Gondim divulgou uma nota oficial no site extra-oficial do clube, isentando a diretoria de culpa, e explicando a mal sucedidada parceria com o empresário Robson Ouro Preto. Confira na íntegra:
O presidente do Atlético Rio Negro Clube, no uso das atribuições que lhe confere o estatuto social, vem por meio desta nota esclarecer e se pronunciar oficialmente acerca dos fatos noticiados em âmbito nacional, concernentes ao futebol rionegrino. No ano de 2010 iniciou-se uma parceria, por essência, de arrendamento, entre o ARNC e o Sr. Robson Eduardo Mello Ouro Preto, visando a disputa do campeonato amazonense da série B.
Desta parceria resultou o acesso à série A do estadual, não como campeões, como da vez anterior em que o futebol ainda estava sob a ingerência do clube, mas como vice. Tal parceria somente foi possível por força de instrumento entre as partes, tendo pleno aval do conselho diretor e o testemunho formal do presidente do Conselho Deliberativo do Clube, além de amplo apoio das torcidas organizadas do ARNC, que inclusive estavam presentes no clube quando da assinatura do contrato. Faz-se imprescindível esclarecer que a multa rescisória do contrato era de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
Com o passar do tempo, foram havendo por parte do arrendatário, sucessivos, recorrentes e inexplicáveis desrespeitos ao contrato firmado, fatos estes que levaram o conselho diretor, por diversas vezes a contactar, primeiro informalmente, via telefone, e depois formalmente via protocolo da secretaria do clube, o arrendatário, que jamais respondeu a qualquer das comunicações formalmente enviadas. Quando se conseguia contato telefônico, o mesmo marcava reuniões e não comparecia, e todas as vezes em que era inquirido acerca da situação administrativa do futebol, dizia que estava tudo bem, que não haviam quaisquer débitos, e que tudo era invenção de terceiros que queriam desestabilizar seu trabalho, porém, sem apresentar jamais qualquer prestação de contas, como mandava que mensalmente fosse feito, o contrato celebrado.
Inúmeras foram as inverdades propaladas na imprensa de que a direção do Rio Negro em nada ajudava. Por força do contrato, era de total e única responsabilidade do Sr. Robson Ouro Preto a administração do futebol rionegrino, dentro dos preceitos estabelecidos em contrato, mas a despeito disso, sempre a direção do clube esteve pronta a ajudar, indicando possíveis patrocinadores, que por plena incompetência do arrendatário, não chegaram a finalizar as negociações de patrocínio. Os patrocínios que o clube estampava na camisa, à exceção do Tropical hotel e da Ouro Preto Produções, já eram parceiros do clube antes mesmo da assinatura do contrato.
Assim que tivemos notícia da situação extrema que vivia o time, por meio da imprensa, convocamos, mais uma vez o arrendatário, que por outra vez não respondeu ao chamamento, foi quando reunimos com o então treinador e dois atletas, reunião esta que gerou uma ata devidamente registrada nos anais do clube. Posteriormente, por iniciativa de um torcedor que trouxe atletas ao clube, foram recebidos pelo presidente alguns atletas entre locais e “importados” e foi relatado que os salários estavam em atraso e os atletas não mais confiavam no Sr. Robson. Ninguém sofreu mais com a repercussão negativa do que os rionegrinos, mas neste momento era necessário agir com razão de administrador e não com coração de torcedor. Muitas foram as pressões internas, externas, de consciência e de coração pra uma intervenção, porém, a avaliação racional era de que se naquele momento fosse feita a intervenção, em pouco tempo a história esquecer-se-ia do arrendatário de má fé, e atribuiria toda a responsabilidade à gestão rionegrina, que em momento algum em toda a sua história, jamais submeteu o Rio Negro às cenas que foram vistas pelo Brasil. Findo o campeonato, foi entregue via oficial de justiça ao arrendatário a comunicação da rescisão do contrato, mesmo documento em que se dava prazo ao arrendatário pra quitar seus débitos fiscais, administrativos e com os atletas, além de prazo para negociação de multa rescisória, documento este que, até o presente momento, também não teve qualquer resposta. Toda a relação do clube com este arrendatário, a partir de agora, dar-se-á através de nosso departamento jurídico, visto que ainda existem inúmeras pendências do arrendatário para com o Rio Negro.
Concluímos esta nota informando que foi montada uma comissão de rionegrinos com o intuito de desde já preparar nossa equipe para a disputa do campeonato amazonense 2012, além de uma ampla reformulação administrativa interna, que no momento oportuno será publicitada. 100 anos de história não surgem do dia pra noite, nem tampouco se apagam.
Eymar Gondim Pereira – Presidente do Atlético Rio Negro Clube
1 comentários:
Dona Rosário Almeida para presidente do glorioso Rio Negro f.c. esta sim junto c/ a torcida digna de pronunciar o nome do glorioso Barriga Preta ao contrário destes presidentes e dirigentes caras de pau que assolam nosso futebol e representam a corja comandada pelo cidadão ricardo teixeira. até quando segue a patifaria no pais do futebol ??????????????????????????
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