Operário vence o Rio Negro e é Campeão da Segunda Divisão Amazonense

        O Operario sagrou-se campeão do Campeonato Amazonense da Segunda Divisão ao vencer o time do Rio Negro em cobrança de penaltis por 5 x 4, em Manacapuru. A primeira partida entre as duas equipes havia terminado empatada em 3 x 3.

O segundo jogo da final da Série B do Estadual apresentou saldo financeiro risível para os clubes. Da renda de R$ 3.020,00 para um público de 602 pagantes, sobrou apenas R$ 186 a ser dividido entre 60% para o vencedor e 40% para o derrotado. O custo de produção do jogo foi R$ 2.834,00. O Operário ficou com de R$ 111. Havia ao menos 400 “penetras” no Gilbertão sábado.

 
O jogo deste sábado foi de muitos passes errados de ambos times, e de um pessimo futebol. O jogador Alessandro Toró, do Operario, passou mal durante a partida e teve que ser levado eum uma ambulância para o Hospital Lazaro Reis, onde foi medicado e voltou no final da partida para comemorar o título.

 

“Foi uma conquista feita com muita dificuldade financeira, com falta de material para treino”, dasabafou o goleiro Stanley, capitão do Operário e melhor na posição durante a competição. Nas penalidades a equipe do técnico Otávio Raposo converteu todas as cobranças.

Pelo Rio Negro, o atacante Pimenta errou a segunda cobrança da sequência de cinco. “Não é justificativa, mas o goleiro (Stanley) se adiantou para o lado que cobrei. Não deu tempo de virar o pé”, disse o jogador. Por serem os finalistas, tanto o Operário quanto o Rio Negro classificaram-se à Séria A no proximo ano.

Foi um título construído ao longo da Série B do Estadual por uma equipe que jogou como “operários” da bola, de resultado em resultado. O Operário vai ser o segundo representante de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus, ao lado do Princesa do Solimões, a disputar a categoria principal do Amazonense em 2011.

O presidente do Operário, Beto Ferreira, disse vai reunir-se com comissão técnica e dirigentes para traçar planos para o Amazonense. Uma das dificuldades - adivinhem? - é dinheiro para definir elenco, reforços, além de estrutura para o time. “O Operário é pobre, sem dinheiro, mas com muito esforço e ajuda de amigos conseguimos pagar os salários em dia. Para você ter ideia, jogamos este ano com parte do equipamento do ano passado”, afirmou o dirigente.

No Galo da Praça da Saudade, o técnico Iane Flores reconheceu a superioridade do Operário no certame, mas se disse com a sensação de dever cumprido. “Não há o que contestar no título do Operário. Foi a equipe mais regular da competição. Mas nosso objetivo era voltar à Série A”, observou o treinador, que deve ser mantido no cargo para a disputa na elite do Estadual. “Se a diretoria quiser me manter no cargo, vou dar seguimento ao trabalho feito”

Fonte: A Crítica / Diário do Amazonas / FUTEBOLAMAZONENSE.COM.BR – Fotos: Antônio Assis