Com apenas um gol marcado, Clailson assume a dura missão de substituir o artilheiro Charles

       Com a missão de substituir o ex-goleador do América, o atacante Charles, que embarcou na última segunda-feira para Santa Catarina, onde vai jogar no Avaí, o também atacante Clailson, 26, disse que não sente a 'batata assando' por conta da nova missão que tem no Mecão. Na tarde deste domingo ele estreia na posição diante do Vila Aurora (MT), pelo jogo de ida da terceira fase da Série D do Brasileirão.

"Vou continuar meu trabalho que já vinha fazendo no clube. Apesar de ter apenas um gol na Série D, vou dar o meu melhor aqui dentro, tudo para ajudar o América a passar para a próxima fase", disse.

Clailsson que é natural de Santa Luzia, no Pará, veio para o Amazonas no primeiro semestre deste ano para atuar no Fast/Ulbra. Seu último clube antes da vinda para o Estado tinha sido o Palmas (TO). O atacante ressaltou que o que mais pesa neste momento em que tem a missão de substituir o Charles, é o fato de ficar no banco esperando por uma chance para jogar. "Ninguém gosta de ficar esperando por uma chance. Todo mundo quer mostrar serviço. Por onde passei sempre fiz gols. Eu não me empolgo com esse rótulo de 'o cara que vai substituir o Charles'. Vou jogar da mesma forma que vinha jogando, mesmo como meia,  já que em outras partidas tive de atuar nesta posição", destacou.

Dificuldades

Questionado como está se 'virando' para superar as dificuldades financeiras, uma vez que o América está com os salários atrasados há dois meses, o atacante Clailson disse que tem contado com a ajuda de amigos, que emprestam uns 'trocados' para custear as necessidades básicas. "Quando o jogador não faz uma reserva de dinheiro a situação fica ainda mais complicada. Graças a Deus, os jogadores estão se ajudando uns aos outros. Infelizmente é uma situação difícil, mas que nós atletas não podemos fazer nada, a não ser a diretoria fazer o papel dela", disse.

Com o salário atrasado, o jogador também mostrou preocupação e saudade da esposa (nome não revelado) que ficou no Pará, esperando pelo jogador. "Já pensou se ela não está me esperando? Tudo isso gera preocupação para a cabeça do jogador. Eu tô aqui e ela tá lá. Já pensou se ela está com outro?", brincou o atacante, dizendo que mata a saudade da esposa pela internet e por celular. "Espero que esse sofrimento acabe o quanto antes, mas primeiro temos de nos classificar para a Série C", destacou.

Fonte: A Crítica