A declaração do ministro do Esporte, Orlando Silva, de que o número de cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 pode ser reduzido de 12 para oito foi recebida com tranquilidade por responsáveis pela preparação de Manaus para sediar o evento.
Segundo o secretário da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPLAN), Marcelo Lima Filho, o principal argumento utilizado pelo ministro para o corte: atraso nas obras dos estádios, não se aplica a Manaus.
“Iniciamos a obra da Arena Amazônia no dia 19 de março. Fomos uma das primeiras cidades e inclusive a FIFA virá a Manaus nos próximos dias para inspecionar o que está sendo feito”, informou o secretário.
Neste momento, a obra da Arena está na etapa de desmobilização (desmontagem) do Vivaldo Lima, que será demolido para a construção no local do novo estádio.
De acordo com o prazo estipulado pela FIFA, as obras de todos os 12 estádios, deverão iniciar até 3 de maio. A possibilidade de alguns deles não cumprirem esta meta ligou o sinal de alerta do governo federal. “Posso assegurar que, se uma cidade não cumprir com o prazo de início das obras, em 3 de maio, corre o risco de ser excluída da Copa”, afirmou o ministro Orlando Silva durante sua participação no Fórum Empresarial de Comandatuba (BA).
De acordo com o secretário estadual Marcelo Silva, a principal preocupação de Manaus, no momento, é a reforma do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. “Em vez de criticar as cidades, o ministro poderia fazer esse comentário para o governo federal que ainda não iniciou a reforma nos aeroportos de nenhuma das 12 cidades-sedes”, disse o secretário.